Canguilhem’s Hippocratic vitalism

Resumo O vitalismo canguilhemiano n ão é evidente, tampouco é uma forma mais conhecida desse tipo de pensamento; não nasce das antigas diatribes que, do século XVIII, invadiram as polêmicas do XIX. Canguilhem reabilita o vitalismo a partir de uma abordagem ontológica única, para a qual ele não hesita em referenciar-se nos ant igos e, de modo geral, num Hipócrates que, lido sobretudo por meio da história escrita por Charles Singer, traz à tona outros temas, como a crítica ao conceito de homeostase revivido e nomeado por Walter Cannon. Canguilhem redimensiona a homeostase hipocrática que Cannon cientificizou, dando-lh e uma mobilidade que lhe é conceitualmente essencial, e redesenha o projeto do vitalismo, recusando-lhe a antítese do mecanicismo. Dessa forma, Canguilhem foi buscar ou se respaldar num Hipócrates lido pelos historiadores da medicina (e das ciências biomédicas). Este artigo procurou mapear a co ntribuição de longa duração de Georges Canguilhem para o discurso médico, bem como seu papel fundador de uma nova concepção de normalidade a partir da sua concepção de vitalismo, que, para ele, é herdeira de um “ esp írito hipocrático ” .Abstract Canguilhem ’ s vitalism is not obvious, neither does is consist of a more known form of this type of thinking; it does not come from the old diatribes that, coming from the 19th century, are still relevant to the 20th century ’ s discussions. Canguilhem reclaims vitalism from a unique ontologi...
Source: Physis: Revista de Saude Coletiva - Category: International Medicine & Public Health Source Type: research